Aí você está passeando tranquilamente com a sua família, dirigindo o seu carro, quando, de repente, aquela fumaceira começa a sair debaixo do capô do veículo! Ao que tudo indica, seu carro está com superaquecimento. Apesar de existirem diversos fatores que podem ocasionar esse tipo de problema, saiba que um deles pode ser, justamente, a falta de óleo lubrificante.

“Normalmente, o superaquecimento do motor é causado por uso de fluido inadequado no sistema de arrefecimento, vazamentos no sistema ou nível baixo do fluido de arrefecimento ou pelo nível baixo de óleo lubrificante, assim como o uso de produtos de má qualidade, gerando desgaste em alguns componentes”, diz Fernanda Ribeiro da Silva, Coordenadora de Gestão de Produtos, Divisão de Tecnologia da Iconic, joint venture da Ipiranga e da Chevron. Segundo Fernanda, além da falta ou baixo volume do óleo, outras causas que podem gerar superaquecimento são filtros bloqueados, ou lubrificantes com muito tempo de uso.

Nesse último caso, ela recomenda que o proprietário não exceda o tempo indicado no manual do carro para realizar a troca. “Períodos além do recomendado podem levar à formação de borra devido ao excesso de contaminação e de oxidação do lubrificante. Isso ocasiona o espessamento do óleo, o que aumenta a sua viscosidade e pode provocar falhas na lubrificação”, atenta.

Como prevenir o superaquecimento

Mas o que fazer para evitar o superaquecimento do motor? “O mais indicado é prestar atenção aos períodos de manutenção, usar os óleos indicados pela montadora do veículo e fazer a troca em, no máximo, um ano, mesmo que esteja abaixo da quilometragem apontada pelo manual”, orienta.

Se for detectado que o superaquecimento está sendo provocado pelo nível baixo do óleo, é provável a existência de vazamento. Nesse caso, explica a executiva, os motivos mais comuns são: excesso de óleo; desgaste da junta do cabeçote (a tampa de fechamento da parte superior do bloco de cilindros); mal funcionamento dos retentores (que têm a função principal de reter óleos, graxas e outros tipos de fluídos); ou problemas no cárter (o compartimento de reservatório do óleo).

Além de lubrificar as partes móveis, o óleo também tem a finalidade de resfriar e promover a limpeza do motor, ressalta Fernanda, retirando resíduos e partículas desprendidas naturalmente pelas peças metálicas, por conta do seu funcionamento. Neste sentido, ela explica que o filtro fica responsável por reter estas impurezas e manter o óleo o mais limpo possível. Daí, a necessidade de realizar a manutenção devida nesse equipamento. “Não substituir o filtro após a troca do óleo provoca o seu entupimento ao longo do tempo, fazendo com que a função do lubrificante, de limpar o motor, fique comprometida”, frisa.

A especialista da Iconic avalia, também, a importância da manutenção da bomba de óleo do motor. “Como a lubrificação dos motores é feita por meio de lubrificação forçada, é necessária, então, uma pressão para que o óleo seja bombeado. Essa pressão é feita pela bomba de óleo. Se ela estiver danificada, dificilmente o lubrificante cumprirá o seu papel de lubrificar as partes móveis do motor”, analisa.