Motocicletas e motoboys ganharam um protagonismo inédito este ano devido à pandemia de Covid-19. Com as restrições para circulação nas ruas, os pedidos de entregas cresceram e movimentaram serviços como restaurantes, farmácias e os aplicativos de delivery. A importância das motos neste período fica clara nos números da indústria.

As projeções indicam que o impacto da pandemia na produção de motocicletas será menor que o registrado na fabricação de carros. Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), a produção do Brasil deve fechar 2020 em 937 mil unidades, retração de 15,4% em relação ao ano passado. Já na indústria automotiva, a produção deste ano deve ser 35% menor que a de 2019, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“A produção de motocicletas foi fortemente impactada no período mais crítico da pandemia, e os números comprovam isso. No entanto, desde a retomada gradual das atividades, as fábricas registram curva ascendente. Este quadro se confirmou em setembro, quando alcançamos o melhor resultado do ano”, analisa Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

Troca de óleo

Se você chegou agora no universo das motocicletas, ou mesmo se é condutor antigo, atenção para essas dicas de especialistas ouvidos pelo Óleo Certo sobre manutenção e troca de óleo, com destaque para a limpeza da corrente, assunto que gera dúvidas até nos motociclistas mais experientes.

“A determinação da viscosidade do óleo está relacionada com o motor, então, ao se utilizar um óleo lubrificante que não possui a viscosidade e especificações indicadas no manual, poderá acarretar problemas futuros no motor e demais componentes da moto”, diz Roberta Guimarães Maia, gerente de Marketing para os lubrificantes Mobil.

Marco Almeida, consultor em tecnologia e serviços técnicos de lubrificantes e lubrificação do Óleo Certo, explica que, de forma geral, “os fabricantes de motocicletas estabelecem um período de troca do óleo de 5.000 e 6.000 km, ou seis meses, o que primeiro vencer para uso em regime rodoviário”.

Para condições severas, como acelerações súbitas de modo frequente e constante troca de marchas, ele afirma que o intervalo deve ser reduzido à metade: 2.500 a 3.000 km.

Especificação JASO

Fernanda Ribeiro da Silva, coordenadora de Gestão de Produtos da ICONIC  Lubrificantes (joint venture das empresas Ipiranga e Chevron), alerta para a especificação da Japanese Automotive Standards Organization (JASO), que mede o desempenho dos lubrificantes para motos.

Segundo ela, a marca JASO estampada na embalagem indica que “todos os testes foram realizados naquele lubrificante, de forma que ele apresenta a melhor performance quando falamos de nível de atrito”. O selo indica melhores resultados para troca de marcha e retomada de velocidade, aponta a especialista.

Ela menciona que, para as motocicletas, existem as especificações JASO MA1 e MA2, e explica que nesses veículos a lubrificação é “conjunta, multifuncional”, ou seja, beneficia o motor, a embreagem e o sistema de transmissão.

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Fonte de renda com baixo custo de manutenção

Roberta Maia destaca o trabalho dos motoboys durante a pandemia. “Essa classe passou a ser mais valorizada e ter maior importância, realizando serviços que se tornaram ainda mais essenciais durante a quarentena, por meio das entregas dos mais diversos produtos, e até mesmo realização de serviços”, analisa a gerente da Mobil.

“Hoje, a motocicleta é indicada para evitar a aglomeração natural no transporte público, representando um meio de transporte ágil, econômico e de baixo custo de manutenção. Também passou a ser um instrumento de trabalho e fonte de renda para as pessoas que passaram a atuar nos serviços de entrega”, analisa o presidente da Abraciclo.

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Vídeo: Existe diferença entre lubrificante de carros e motos? Especialista responde!