Os rótulos dos óleos lubrificantes possuem informações ao consumidor que são regidas por lei/portarias da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em termos de viscosidade, temos a classificação da Society of Automotive Engineers (SAE), que identifica se um óleo é monoviscoso ou multiviscoso.

O grau de viscosidade é apresentado pela letra “W”, seguidos por números como, por exemplo, 15W-40, 5W-30, 20W-50, e assim por diante. A letra “W” quer dizer “winter” – inverno, em inglês – e identifica que o óleo é multiviscoso, ou seja, possui uma determinada viscosidade a frio (cuja escala é definida pelo número antes do “W”) e outra quando aquecido (reconhecida pela escala do número após o “W”).  Isso é devido à necessidade de termos óleos de baixa viscosidade a frio, quando da partida do motor, e óleos mais viscosos quando o motor está quente.

Óleos multiviscosos protegem melhor os motores na partida, reduzindo o desgaste inicial, e quando estão aquecidos, protegendo, limpando e refrigerando para gerar menor formação de depósitos e diminuindo o consumo de combustível. Quando um óleo só apresenta um grau de viscosidade, como, por exemplo, um SAE 40, chamamos de monoviscoso.

Spark Ignition

Junto à especificação de viscosidade, temos o grau de desempenho definido pelo American Petroleum Institute (API), que está relacionado com a capacidade de proteger contra o desgaste e a corrosão, e a outros parâmetros, que são obtidos por meio da introdução de aditivos na formulação do óleo.

Os graus de desempenho API são os mais comuns e baseados, normalmente, em testes físico-químicos e em motores específicos para avaliar as propriedades dos lubrificantes.

As classificações para motores à gasolina/álcool/GNV são indicadas pela letra S (“Spark Ignition”), seguida de uma segunda letra que, ao avançar no alfabeto, representa o avanço da tecnologia de aditivação ao longo dos anos. Atualmente, a classificação mais recente para os motores à gasolina é a API SN, introduzida no final de 2010.

Para os motores a diesel, as classificações são indicadas pela letra C (“Compression Ignition”), seguida de uma segunda letra, da mesma forma como na classificação dos motores à gasolina/álcool/GNV. Sua classificação mais recente é a API CK-4, introduzida no final de 2016, e que atende às necessidades dos motores de última geração, se tornando cada vez mais importante com a introdução de novas regulamentações de controle de emissões.

Por Fernanda Ribeiro da Silva, coordenadora de Gestão de Produtos, Divisão de Tecnologia da Iconic, joint venture da Ipiranga e da Chevron