O 13º Encontro Internacional com o Mercado – América do Sul, realizado nos dias 20 e 21 de junho, no Rio de Janeiro, reuniu mais de 400 participantes, incluindo os maiores players do setor de lubrificantes.
Em pauta, diversos temas relevantes, como os desafios dos produtores de lubrificantes e as perspectivas de desenvolvimento desse mercado no país e no mundo. Pedro Belmiro, um dos organizadores do evento e diretor da revista Lubes em Foco, destacou a importância do encontro:
“O evento reuniu toda a cadeia produtiva do setor de lubrificantes e já se tornou referência no Brasil e no exterior. O diferencial, é que trazemos informações muito relevantes para o mercado brasileiro, em temas como tecnologia, mercado, legislação, óleos básicos, óleos lubrificantes, tudo isso a gente procurou discutir nesses dois dias. Tivemos a presença de empresas dos Emirados Árabes, China, Estados Unidos e países da América Latina”, explicou Belmiro.
Transição energética e o futuro dos lubrificantes
Sandro Brito, CEO da Raízen Lubrificantes, que esteve à frente do painel Mercado de Lubrificantes na Visão de Um Grande Produtor, destacou a importância de se construir um mercado cada vez mais saudável:
“Os períodos de transformação vão ser mais curtos. A transição energética começou em 2010 e deve ocorrer até 2030. Algumas situações estão sendo travadas no nosso país por uma questão de infraestrutura. Existe também o hábito do consumidor, já que cada cultura tem sua tradição. Europa, China e EUA estão puxando o processo de eletrificação. Temos que olhar para o amanhã, mas tem muito a ser feito hoje. A morte do ‘low viscosity’ [lubrificantes de baixa viscosidade] ainda está muito distante, especialmente no cenário nacional”, ressaltou.
Soluções para irregularidades no mercado
No painel sobre o mercado brasileiro de lubrificantes, Giancarlo Passalacqua, gerente de lubrificantes da Diretoria Executiva de Downstream do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), destacou a importância do Programa de Monitoramento de Qualidade de Lubrificantes (PML). Segundo ele, essa é uma ferramenta excelente não só para instruir a fiscalização da ANP, como também orientar diretamente o consumidor. O gerente destacou, ainda, o link disponível no site Óleo Certo com orientações para acessar a lista dos lubrificantes não conformes que não devem ser comprados.
“Existem várias iniciativas que estão sendo feitas no setor para combater as irregularidades, como a aproximação com as forças policiais e com o poder público de forma geral, instruindo a respeito das características dos lubrificantes”, completou.
Além do gerente do IBP, também participaram do painel Nilson Morsch, diretor executivo do Sindicato das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo (Simepetro), e Laércio Kalauskas, consultor e ex-presidente do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes (Sindilub).
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