A evolução dos motores traz desafios para o mercado de lubrificantes, impulsionando a produção de óleos básicos e lubrificantes acabados com maior performance. O tema foi debatido durante o Rio Oil & Gas por Alexandre Bassaneze, CEO da Iconic; Rogerio Lüdorf, da Petronas; e Fernando Nogueira, diretor de óleo cru da Petrobras, no painel realizado no dia 29 de setembro, com mediação de Simone Hashizume, da Vopak.
De acordo com Simone, o mercado de carros elétricos ainda é incipiente, e a implantação será diferente em cada país. Segundo ela, os veículos elétricos ainda têm um preço alto, mas a pressão pela descarbonização é grande.
“Vale lembrar que o Brasil não é autossuficiente na produção de óleos básicos”, destacou.
Mercado em expansão, mas com desafios à vista
Fernando Nogueira ressaltou que o mercado de lubrificantes tem relação direta com a atividade econômica, movimentando cerca de 110 mil metros cúbicos por mês. A maior parte do produto é utilizada pelo setor automotivo, além de outros segmentos da indústria.
De acordo com o diretor, a Petrobras tem por objetivo expandir o refino para futura produção de óleos básicos do Grupo II no polo Gaslub, que está em fase de planejamento e sem data prevista para entrada em operação. Ressaltou ainda que a refinaria de Duque de Caxias (Reduc) está operando a plena capacidade e não há mais previsão da sua hibernação.
Rogerio Lüdorf alertou que a distribuição deve ser levada em consideração, já que parte da produção de óleos básicos do Grupo III vem da Ásia e Europa, e problemas como pandemia e guerras podem afetar o mercado.
Alexandre Bassaneze destacou ainda que o Brasil tem um potencial enorme para produção de óleos vegetais. “Vontade política e arcabouço jurídico são alguns dos fatores determinantes para o desenvolvimento do mercado”, completou.
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