Performance, eficiência e desempenho são atributos cada vez mais considerados nas tecnologias desenvolvidas pela indústria de óleos lubrificantes. Não por acaso, o setor é constantemente pautado e positivamente desafiado pelas montadoras para atender às demandas de motores cada vez mais potentes, menos poluentes e movidos a diferentes tipos de transmissão, combustível e fontes de energia. Neste sentido, podemos citar três principais tendências de evolução tecnológicas voltadas para os óleos lubrificantes: incentivo à melhoria da eficiência energética dos motores e para menor consumo de combustível; colaboração na redução da emissão de gases poluentes e de efeito estufa (GEE); e contribuição para a garantia da durabilidade, robustez e potência de veículos, peças e equipamentos.
“O óleo lubrificante é uma peça desenhada para proporcionar certo nível de desempenho”, diz Rodolfo Ferreira, membro do Comitê Técnico da Associação Brasileira dos Fabricantes de Aditivos (ABRAFA). “A evolução do carro depende da melhoria contínua de suas peças, incluindo o óleo”, complementa.
Segundo Ferreira, à medida que a indústria de óleos lubrificantes consegue entregar novas tecnologias, mais eficientes em vários aspectos da lubrificação, tanto o consumidor final quanto a sociedade são beneficiados.
“Lubrificantes que fazem carros consumirem menos e motores durarem mais geram um impacto positivo no orçamento do consumidor. Além disso, a redução da queima de combustível e das emissões representam um ganho importante para a sociedade”, frisa.
O óleo lubrificante moderno, pontua Rodolfo Ferreira, atua por meio de uma película cada vez mais fina entre as principais peças móveis do motor. Essa película, segundo ele, carrega os aditivos, desenvolvidos para prover as principais funções de desempenho do óleo: proteção contra desgaste; limpeza e controle de atrito; resistência à alta temperatura; e compatibilidade com vedações e catalisadores.
E quando se fala em menor consumo de combustível e tecnologia de lubrificação capaz de atender à performance de equipamentos de ponta, invariavelmente associamos à transmissão CVT, sigla em inglês para Continuously Variable Transmission, ou Transmissão Continuamente Variável. “Uma das vantagens da transmissão CVT é a fuel economy, ou economia de combustível, uma vez que o veículo trabalha na sua melhor faixa de potência”, diz Denilson Barbosa, Quality Control
Coordinator da YPF Brasil. Em linha com as tendências de desenvolvimento da indústria de lubrificantes, além da maior eficiência no consumo de combustível, esse tipo de câmbio também está associado às tecnologias contemporâneas para redução da emissão de gases poluentes gerados pelos veículos.
Barbosa observa que a CVT não é uma tecnologia nova, porém um dos motivos pelos quais esse tipo de transmissão demorou para ser introduzido em maior escala na indústria automobilística era o entrave causado, segundo ele, pela “complexidade em lubrificar, trocar calor, proteger contra corrosão e oxidação do sistema, e ainda a falta de um coeficiente de atrito eficaz para a correia não ‘patinar’, desafios que foram vencidos com a evolução tecnológica dos óleos lubrificantes.
“Para alcançar o máximo de eficiência nas trocas de marchas e proteger todo o sistema é importante ter o lubrificante correto e de alta performance”, salienta o executivo da YPF Brasil.
Os desafios serão constantes e a indústria de lubrificantes responde oferecendo produtos que ajudam a superá-los.
“Tudo isso justifica o contínuo investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias para os óleos lubrificantes”, ressalta o representante da ABRAFA.
Por Antonio Carlos Teixeira