Tecnologia avançada gera economia de combustível e beneficia especialmente os motores turbo

Após meses de isolamento social e uso reduzido dos automóveis, motoristas terão uma boa surpresa na próxima troca de óleo. Em maio, mesmo com a pandemia, fabricantes nacionais iniciaram a venda de lubrificantes que possuem as tecnologias mais avançadas aprovadas pelo Instituto Americano de Petróleo (API), que liberou para o comércio internacional as especificações ILSAC GF-6A e GF-6B e uma nova categoria de serviço, a API SP.

Essas tecnologias substituem a GF-5, lançada em 2010, e que já não dá conta dos motores que saem hoje das montadoras. O termo ILSAC, no rótulo dos produtos, é a sigla americana para Comitê Consultivo Internacional para Especificação de Lubrificantes, criado no início da década de 90 que engloba os fabricantes Chrysler (incluindo as marcas Jeep e Dodge do grupo FIAT), GM, Ford, Honda, Isuzu, Mazda, Mitsubishi, Nissan, Subaru e Toyota.

Outro salto de qualidade, a especificação API SP representa avanço na tecnologia de aditivação dos lubrificantes e está um passo à frente da atual API SN como também da SN Plus.

“É uma categoria [de produtos] que veio para suprir uma necessidade dos motores mais modernos”, explica Fernanda Ribeiro da Silva, coordenadora de Gestão de Produtos da Iconic, fabricante dos lubrificantes  Ipiranga e Texaco. “Houve mudança na química dos aditivos que envolvem a formulação dos óleos, para que esses lubrificantes reduzam o atrito dentro do motor, convertendo esse menor atrito em economia de combustível”, descreve.

Os produtos passaram por sete novos testes de performance: “controle de oxidação, limpeza de pistão, desgaste do motor, proteção contra borra, corrosão, prevenção ao problema de pré-ignição e economia de combustível”, relata Cristiane Akkari, coordenadora de marketing da Moove, fabricante dos lubrificantes Mobil.
Ela informa que em praticamente todos os aspectos, “a tecnologia API SP e ILSAC GF-6 é superior às anteriores”.

Óleos combatem pré-ignição à baixa velocidade

“Com cada vez mais motores com injeção direta de gasolina e turbocompressor, existe o risco de pré-ignição, evento indesejável que ocorre quando a ignição da mistura entre combustível e ar acontece antes do que deveria”, descreve Akkari. O problema pode provocar danos severos aos motores.

De acordo com Fernanda Silva, estudos mostram que os próprios lubrificantes antigos eram parte do problema. “Houve toda uma pesquisa para rebalancear os aditivos que compõem o óleo lubrificante, para prevenir a ocorrência do LSPI [nome em inglês para a pré-ignição à baixa velocidade] “, explica.

A coordenadora da Iconic afirma que o mercado produz cada vez mais veículos com motores turbo ou injeção direta. “É uma tendência para os próximos anos. Em média, a cada cinco carros novos emplacados, um tem motorização turbo e/ou injeção direta”, explica.

Confira no vídeo abaixo por que a aditivação do lubrificante é tão importante para o motor:

 

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