Preocupação ambiental e melhor desempenho dos motores justificam mudança na indústria de lubrificantes

Os lubrificantes com baixa viscosidade vieram para ficar. Nos últimos 15 anos, os consumidores mais atentos perceberam o aumento da oferta de óleos com menor viscosidade e maior fluidez, como SAE 0W-20 ou 5W-30. A viscosidade dos óleos é uma das principais características levadas em consideração ao bom funcionamento dos motores e, graças a avanços tecnológicos, os lubrificantes com menor viscosidade já são uma tendência consolidada para veículos leves. Hoje em dia, essa passou a ser, também, uma realidade no segmento de pesados.

Tecnologia a serviço da sustentabilidade

A chegada dos óleos lubrificantes de viscosidades cada vez mais baixas foi impulsionada pelas atuais exigências para a redução das emissões e economia de combustível, que tornaram as regulamentações ambientais mais rigorosas no Brasil. Os óleos menos viscosos se tornaram aliados nesse cenário, já que garantem maior eficiência no consumo de combustível.

“Quanto mais baixa a viscosidade do lubrificante, menor é o atrito líquido do óleo com as superfícies sólidas do motor. Isso gera uma menor perda de energia e, consequentemente, proporciona maior economia de combustível. Com menos consumo de combustível, há menos emissões de compostos como óxidos de nitrogênio, particulados e, claro, CO².”, explica Fernanda Ribeiro, gerente de produtos da ICONIC.

Melhora na performance

A viscosidade do óleo, ou seja, a sua capacidade de fluir pelo motor, é peça-chave para auxiliar no movimento e proteção dos seus componentes. Contudo, é importante destacar que a boa saúde de um motor não depende apenas do grau de viscosidade do lubrificante, mas também do nível de performance desse óleo. Segundo o especialista Luiz Feijó Lemos, as novas formulações dos lubrificantes trazem uma significativa melhora de performance, principalmente em relação a “maior resistência à oxidação, menor desgaste, redução do atrito, vida útil do óleo prolongada e melhor nível de limpeza do motor”.

Pouco a pouco, começam a sair de cena os óleos minerais e semissintéticos, para chegarem os óleos sintéticos. Diferente dos produtos mais viscosos, os lubrificantes de menor viscosidade são produzidos com óleos básicos especiais, obtidos por meio de processos avançados de refino e formulação. Como explica Ribeiro, a indústria tende a preferir os óleos sintéticos, que tem um desempenho melhor em níveis mais baixos de viscosidade: “Para atingir essas viscosidades menores, é necessário o uso de matérias-primas de alta tecnologia, como óleos básicos minerais premium e os óleos básicos sintéticos e aditivos avançados, que resultam na formulação de lubrificantes mais eficientes”.

Consulte sempre o manual do veículo

Vale ressaltar que a indicação do grau ideal de viscosidade do óleo para um veículo é determinada pelos fabricantes dos motores. Após um exaustivo processo de testes laboratoriais e avaliação de performance dos motores, as montadoras estabelecem a viscosidade adequada para os óleos lubrificantes. Atualmente, as próprias montadoras brasileiras passaram a recomendar lubrificantes com menor grau de viscosidade, visando a otimizar a operação dos motores. Por isso, é importante sempre conferir a indicação de viscosidade no Manual do Proprietário do veículo antes de realizar a troca de óleo do motor.

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