Qual o melhor óleo lubrificante para veículos movidos a diesel? Essa pergunta, na verdade, pode ser respondida com base em alguns fatores técnicos e também em questões ligadas ao comportamento do usuário!
Antes de tudo, é importante destacar as características de um bom óleo lubrificante: ele serve para lubrificar peças móveis, evitando atrito entre elas, e deve proteger o sistema contra corrosões e manter a limpeza do motor. Também tem a função de impedir o desgaste dos componentes, de não deixar que se formem borras e proteger também as partes móveis contra os gases gerados na queima do combustível, além, é claro, de resfriar diferentes peças do motor.
Essa junção de fatores caracteriza um bom óleo lubrificante, que, ao final, garantirá a performance correta do carro.
Qual a diferença entre SUVs, crossovers e picapes?
A propósito, vale comentar um pouco sobre o que define essas modalidades de veículos, que possuem uma coisa em comum: são mais pesados que os automóveis de passeio e exigem muito do motor. A picape (palavra aportuguesada do inglês pick-up) é a mesma coisa que caminhonete, ou camionete. Não confundir com camioneta, que é um outro tipo de veículo. Veja a classificação pelo Código de Trânsito Brasileiro:
Caminhonete: veículo destinado ao transporte de carga com peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas. Camioneta: veículo misto destinado ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento.
Quanto aos outros tipos, a fabricante Fiat explica que a diferença entre um SUV (do inglês Sport Utility Vehicle, veículo utilitário esportivo) e um crossover é bastante perceptível, a começar pela manobrabilidade, pois um crossover é mais fácil de conduzir pela cidade por ser menor quanto à altura e ao comprimento, e ter um peso inferior.
“E cada veículo tem forma de condução diferente devido a fatores como o tipo de tração 4×4 e a distribuição no interior. Com um SUV, o motor e a caixa de velocidades estão dispostos em um ângulo de 90º na parte da frente do eixo traseiro do carro, tornando a frente muito mais pesada do que a traseira”, informa a montadora.
Já os crossovers apresentam sempre uma posição de condução elevada, perfeita para pessoas que gostam de dirigir em estradas fora do eixo urbano. São menores que os SUVs, mas também potentes, e nem sempre têm tração nas quatro rodas, “embora, já há algum tempo, essa seja uma característica bastante comum em muitos dos veículos da nova geração”, explica a Fiat.
Mas qual o óleo exato para cada carro?
Para descobrir essa resposta, é preciso lembrar de algo que muita gente esquece de consultar: o manual do proprietário. É lá que você encontra as orientações a serem seguidas para estar sempre em dia com a manutenção de seu veículo. Se não sabe onde deixou o seu exemplar, basta buscar no Google, que os fabricantes têm arquivos dos diversos modelos para download nas páginas oficiais.
O usuário de um Chevrolet S10, por exemplo, vai encontrar no manual a recomendação de óleos com dois tipos de viscosidade. E, dependendo de qual escolher, a quilometragem sugerida para troca pode ser de 20.000Km ou de 10.000Km, ou 12 meses para os dois casos.
Já os usuários da Nissan Frontier verão no manual apenas um tipo de óleo recomendado para a troca. Entretanto, a quantidade usada do produto será diferente nos casos em que ocorrer, ou não, a troca do filtro de óleo.
Viscosidade
Delton Stabelini, consultor técnico de produtos Texaco Lubrificantes, comenta sobre o fator viscosidade. “Aqui não tem segredo: a única e melhor orientação é seguir o manual do proprietário do veículo. Cada veículo fabricado no mundo é testado diversas vezes até que se encontre o tipo de óleo lubrificante com o melhor rendimento do respectivo motor. Logo, escolher o óleo recomendado é a melhor maneira de extrair todo o potencial do motor”, afirma.
Clara Simões, consultora técnica de Produtos Ipiranga Lubrificantes, ressalta que as viscosidades mais usuais para o mercado brasileiro de veículos diesel hoje seriam 15W-40 e 10W-30. “Um óleo 20W-50 é normalmente recomendado quando requeridas viscosidades mais altas, o que ocorre em veículos mais antigos. O óleo 10W-30 é um óleo de menor viscosidade, e por isso entrega maior eficiência energética aos veículos mais novos”, explica.
Contudo, ela volta a reforçar que a melhor orientação está no manual. “Devemos sempre observar as recomendações dos fabricantes dos veículos, utilizando o óleo com grau de viscosidade recomendado no manual do proprietário. Mas em linhas gerais, a escolha adequada da viscosidade do óleo depende da engenharia de motor, dos benefícios que se deseja alcançar, da idade do veículo e até mesmo do clima no local onde o óleo será utilizado”, lembra a consultora.
Quanto ao tipo, os lubrificantes de motor SAE 15W-40 são minerais. Já os óleos SAE 10W-40 e SAE 10W-30 são semissintéticos, na maior parte. E os óleos lubrificantes SAE 5W-30 podem ser sintéticos ou semissintéticos.
Leia também: A importância da viscosidade do lubrificante para o correto funcionamento do motor
Dicas de segurança na troca do óleo
O manual também é muito útil para encontrar instruções de segurança, como essas da Nissan:
- Óleo usado não deve ser jogado na terra, canais, rios, etc. Garanta que o descarte seja feito por um estabelecimento apropriado, que entregará o material a um coletor autorizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
- Tome cuidado para não se queimar, pois o óleo estará quente;
- O contato repetido e prolongado com óleo de motor usado pode causar câncer de pele;
- Tente evitar o contato direto com óleo de motor usado. Se houver contato com a pele, lave bem a área afetada com sabão ou líquido para limpeza de mãos tão logo seja possível;
- Mantenha o óleo de motor usado em embalagens identificadas e fora do alcance de crianças; e
- Verifique os regulamentos locais.
Assista: Óleo do motor escuro: está na hora de trocar? Mito, ou verdade?
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