Carros elétricos são aqueles movidos exclusivamente por baterias, carregadas por plugues ligados à rede elétrica doméstica ou de uma estação. Não possuem tanque de combustível, não emitem gases poluentes e são muito mais silenciosos que os veículos com motores a combustão interna.

Apesar de muito confortáveis para quem dirige e extremamente benéficos para o meio ambiente, ainda oferecem a desvantagem dos altos preços no mercado. É importante não confundi-los com os carros híbridos, que possuem tanto motor a combustão quanto motor elétrico, conforme explicamos nesta matéria especial.

Outras vantagens dos elétricos são o “desempenho comparado a veículos esportivos e a construção mais simplificada, pois não têm sistemas em paralelo, como os carros híbridos”, afirma Marco Almeida, consultor em tecnologia e serviços técnicos de lubrificantes e lubrificação do Óleo Certo.

Segundo ele, “é o sistema que mais está sendo desenvolvido no mundo, buscando a elevação da autonomia das baterias e a redução do tempo de recarga”.

Na comparação entre os dois tipos, o especialista diz que “um carro híbrido é muito mais complexo”, já que dispõe de dois sistemas de refrigeração (dois radiadores): um para o motor a combustão interna e outro para a refrigeração das baterias.

Thiago Sugahara, vice-presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) e executivo da Toyota, chama atenção para o “estilo da condução” de quem passa a usar um carro eletrificado (como são chamados os veículos elétricos ou híbridos). É que eles possuem o sistema de frenagem regenerativa, capaz de transformar a energia cinética liberada pela freagem em energia elétrica.

“Abriu o semáforo, não precisa acelerar muito. Você acelera o necessário para pôr o carro em movimento e ganhar velocidade. Se perceber que, lá na frente, o semáforo fechou e vai ter que parar, já tira o pé do acelerador e começa a usar com parcimônia o freio, porque nessa frenagem, você vai recuperar parte da energia”, recomenda o representante da ABVE.

Sugahara afirma que os proprietários de carros eletrificados recebem diversas assistências que “indicam a melhor forma de conduzir”. Ele fala da experiência pessoal, na condução de um Toyota Prius. “Quando comecei a dirigir, fazia 20 km por litro. E quando comecei a usar os equipamentos de assistência, que dão essas dicas, passei a andar 24 km por litro. Ia me desafiando…como andaria mais quilômetros com o mesmo litro de gasolina”, relata.

De acordo com o executivo, o “grande embaixador” dos carros eletrificados no Brasil é o Corolla híbrido, um carro flex, que usa “energia elétrica, gasolina ou etanol combinados para dar esses grandes ganhos de eficiência”.

Troca de óleo: continuam os mesmos cuidados

Nada muda quando o assunto é a troca de óleo para os carros elétricos e híbridos. Os cuidados são os mesmos de sempre: respeitar o intervalo de troca do óleo lubrificante e do filtro de óleo, conforme orientações dos fabricantes. Almeida faz apenas uma observação quanto à lubrificação de outras partes do carro.

“Para o sistema de transmissão das caixas automáticas dos veículos híbridos, alguns fabricantes estão recomendando que o fluido ATF também tenha algumas propriedades dielétricas [isolantes] face à proximidade do motor elétrico e demais componentes elétricos do veículo”, diz. Segundo ele, até agora não há normas específicas para fabricantes como Aisin, Ford, GM e ZF.

Analisando o cenário para os próximos cinco anos, o especialista do Óleo Certo acredita que “a maioria dos motoristas continuará adquirindo veículos com sistema convencional com motores flex”, com combustão interna, “pois o preço de um veículo híbrido ainda é muito elevado para os nossos padrões”.

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